terça-feira, 7 de janeiro de 2014

ALÍPIO DE FREITAS FAZ PARTE DA HISTÓRIA NOS ANOS DE CHUMBO




Conforme o sítio Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Al%C3%ADpio_de_Freitas):

Alípio de Freitas ou Padre Alípio de Freitas nasceu em Fevereiro de 1929 e cresceu em Vinhais (Bragança, Trás-os-Montes). Foi padre em Portugal e revolucionário no Brasil. Pai da cantora brasileira Luanda Cozetti, actualmente (2011) é jornalista e promotor e dirigente de diversos movimentos sociais e associações cívicas.
Ordenado padre em 1952, logo a seguir foi viver para junto dos pobres na Serra de Montesinho, e cinco anos depois aceitou um convite do arcebispo de Maranhão para viver no Brasil, onde deu aulas na universidade. Num subúrbio miserável de São Luís do Maranhão, fundou uma paróquia, uma escola, um posto médico. De início não celebrava missa, nem tão-pouco ia à missa, e depois quando o fez (em atenção ao arcebispo), era em Português, no que antecipava o Concílio Vaticano II.1
Em 1962 foi a Moscovo, ao Congresso Mundial da Paz, onde privou com Pablo Neruda, a Pasionaria e Kruchtchev, donde regressou ao Brasil e finalmente rompeu com a hierarquia da Igreja. Apoiou a candidatura de Miguel Arraes ao governo de Pernambuco, o que lhe valeu ser raptado pelo exército e detido durante 40 dias. À saída naturalizou-se brasileiro, foi para o Rio de Janeiro, viveu nas favelas, e ajudou a fundar as Ligas Camponesas, um movimento radical que entre outras iniciativas organizava ocupações de terras.2
Na sequência do golpe militar de 1964, pediu asilo político no México, depois recebeu treino político-militar em Cuba, regressando clandestinamente ao Brasil em 1966. A partir daí percorreu o país de ponta a ponta, promovendo o movimento camponês.2 Foi um dos integrantes e mentores da Ação Popular (AP), e segundo Jacob Gorender, Alípio de Freitas foi o mentor intelectual do Atendado Terrorista de Guararapes.
Em Maio de 1970, era então dirigente do Partido Revolucionário dos Trabalhadores, foi preso, e logo depois escreveu o livro Resistir é preciso. Foi sujeito à tortura do sono durante 30 dias. Saiu da prisão em 1979, como apátrida. Em 1981 foi viver para Moçambique, num projecto com camponeses que foi visitado e elogiado por Samora Machel.2 O álbum de José Afonso Com as Minhas Tamanquinhas inclui uma canção-homenagem com o nome Alípio de Freitas.3 4 5 Carlos Amorim é autor do livro O assalto ao poder e a sombra da guerra civil no Brasil que aborda a resistência à ditadura militar e inclui a participação de Alípio de Freitas. Um dos comentários a esta notícia cita-o: "Trabalhadores, ontem vos ensinei a rezar e hoje aqui estou para ensiná-los a pegar em armas e lutar". Sem dúvida que era um homem corajoso e valente expressando-se desassombradamente, numa época em que todos tinham medo.
Ainda nos anos 80 regressou a Portugal, entrando para a RTP até 1994, realizando com Mário Zambujal, Carlos Pinto Coelho e José Nuno Martins o programa Fim de Semana. Embora tenha continuado a passar por Moçambique e Brasil, vive em Portugal onde dá aulas livres de Economia Política, é jornalista, estando ligado ao Tribunal Mundial sobre o Iraque, assim como a diversos movimentos sociais e associações cívicas, nomeadamente o Fórum Social Mundial.1

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