RECADO
IMPORTANTE: HOJE, 27/11/2015, ALÉM DE COMEÇAR AS INSCRIÇÕES
NORMAIS, TAMBÉM INICIA-SE O PRAZO PARA SOLICITAR ISENÇÃO DAS
MESMAS (VEJA TODOS OS DETALHES ACESSANDO O LINK DO EDITAL NA
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TREINANDO, AGORA, COM QUESTÕES DE PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DA
FCC, APLICADAS DIA 08/11/2015
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QUESTÕES
RECENTES DE LÍNGUA PORTUGUESA DA FCC (CONCURSO TRE/AP, PROVA
APLICADA EM 08/11/2015)
CONHECIMENTOS
GERAIS
Gramática
e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa
Atenção:
Considere o texto abaixo para responder às ques-
tões
de números 1 a 7.
A
fama de Auguste Saint-Hilaire não teve a projeção da
de
seu irmão Geoffroy, o continuador de Lamarck; o seu nome
não
figura, como o do outro, em todas as enciclopédias. Para
nós,
entretanto, a memória que importa, a que nos deve ser
sobremodo
cara é a do irmão menos ilustre. Nenhum estran-
geiro
deixou entre nós lembrança mais simpática.
Roquete
Pinto narra o encantado interesse com que na
fazenda
dos seus avós devorava, adolescente, as páginas das
Viagens.
“Os
livros de Auguste Saint-Hilaire”, diz ele, “leem-se
aos
quinze anos como se fossem romances de aventuras, tão
pitorescos
são os aspectos e a linguagem que neles se
encontram.”
E assinala o grande carinho, a bondade, a tão justa
medida
no louvor e na crítica das nossas coisas.
Essa
obra formidável do sábio francês representa seis
anos
de viagens pelo nosso interior através de regiões muitas
vezes
inóspitas. Pelo desconforto dos nossos dias, apesar das
estradas
de ferro e do automóvel, podemos avaliar as
dificuldades
e fadigas de uma jornada a Goiás em 1816. Em
dezembro
de 1816 Saint-Hilaire partiu para Minas, que
atravessou
de sul a norte, furando depois até Boa Vista, então
capital
de Goiás.
Três
vezes voltou Saint-Hilaire ao interior do Brasil: em
1818
ao Espírito Santo, onde percorreu as regiões mal-
afamadas
do rio Doce; em 1819 através de São Paulo, Paraná
e
Santa Catarina, até a Cisplatina; finalmente em 1822 a São
Paulo
por uma larga digressão ao sul de Minas. Ao todo 2.500
léguas!
Por
tudo isso, por tantos trabalhos, por tanta abnegação,
tão
lúcido afeto e simpatia, e para diferenciá-lo do irmão, mais
mundialmente
glorioso, podemos chamar Auguste Saint-Hilaire
o
“nosso” Saint-Hilaire.
Escrevia
sem sombra de ênfase nem pedantismo. A
propósito
de suas
Lições
de morfologia vegetal
,
escreveu
Payer,
citado pelo sr. Tobias Monteiro: “Um dos característicos
da
obra de Saint-Hilaire é ser exposta com tanta clareza e
simplicidade
que a profundeza do julgamento parece apenas
bom
senso”.
Precisamos
ler muitos homens como Auguste Saint-
Hilaire.
(Adaptado
de: BANDEIRA, Manuel. O “nosso” Saint-Hilaire.
Crô-
nicas
da província do Brasil.
2.ed.
São Paulo: Cosac Naify,
2006,
p.199-202)
1.
De
acordo com o texto,
(A)
a grande importância de Auguste Saint-Hilaire para
os
brasileiros vincula-se ao fato de ter sido um
estrangeiro
que se esforçou enormemente para co-
nhecer
o Brasil e poder assim avaliá-lo com justeza.
(B)
Auguste Saint-Hilaire deve ser lembrado por suas
qualidades
pessoais, como a simpatia e a bondade,
já
que do ponto de vista científico a sua obra é bem
menos
consistente do que a do irmão Geoffroy.
(C)
a pouca valorização da obra de Auguste Saint-
Hilaire
advém do fato de que seus livros, a despeito
do
caráter científico, são lidos com alguma fre-
quência
como pitorescos romances de aventura.
(D)
Auguste Saint-Hilaire sempre demonstrou grande
simpatia
pelo Brasil, mas não deixou de criticar as-
peramente
as condições de nossas estradas e o que
havia
de inóspito em muitas regiões que teve de
atravessar.
(E)
há uma grande injustiça no fato de nem todas as
enciclopédias
mencionarem o nome de Auguste
Saint-Hilaire,
quando nunca deixam de mencionar o
nome
de seu irmão Geoffroy, que é muito menos
importante
do que ele.
_________________________________________________________
2.
No penúltimo parágrafo do texto, a obra de Auguste Saint-
Hilaire
é apresentada como
(A)
acessível a todos, mas capaz de ser realmente
compreendida
apenas por especialistas.
(B)
hermética e pouco acessível, a despeito da aparente
simplicidade.
(C)
clara e despretensiosa, mas na verdade profunda e
judiciosa.
(D)
clara e simples, com predomínio da sensatez sobre
a
profundidade.
(E)
pouco enfática e não muito rigorosa, ainda que
relativamente
profunda.
_________________________________________________________
3.
...
o encantado interesse com que na fazenda dos seus
avós
devorava, adolescente, as páginas das
Viagens
.
O
verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
verbo
grifado acima está em:
(A)
Escrevia
sem sombra de ênfase nem pedantismo.
(B)
...
como se fossem romances de aventuras...
(C)
...
o seu nome não figura, como o do outro, em todas
as
enciclopédias...
(D)
E
assinala o grande carinho, a bondade...
(E)
Essa
obra formidável do sábio francês representa
seis
anos de viagens...
_________________________________________________________
4.
...
onde percorreu as regiões mal-afamadas do rio Doce
...
A
forma verbal resultante da transposição da frase acima
para
a voz PASSIVA é:
(A)
foi percorrido.
(B)
percorreu-se.
(C)
foram percorridas.
(D)
eram percorridas.
(E)
percorreram.
5.
Três
vezes voltou Saint-Hilaire ao interior do Brasil...
O
elemento em destaque na frase acima exerce a mesma
função
sintática que o segmento grifado em:
(A)
“Os
livros de Auguste Saint-Hilaire (...) leem-se aos
quinze
anos como...”
(B)
Nenhum
estrangeiro deixou entre nós lembrança
mais
simpática.
(C)
Pelo
desconforto dos nossos dias, apesar das
estradas
de ferro e do automóvel, podemos avaliar
as
dificuldades e fadigas...
(D)
A
fama de Auguste Saint-Hilaire não teve a proje-
ção
da de seu irmão Geoffroy, o continuador de
Lamarck...
(E)
“...exposta
com tanta clareza e simplicidade que a
profundeza
do julgamento parece apenas bom
senso”.
_________________________________________________________
6.
Essa
obra formidável do sábio francês representa seis
anos
de viagens pelo nosso interior...
O
verbo transitivo empregado com o mesmo tipo de
complemento
que o verbo grifado acima está em:
(A)
...
o seu nome não figura, como o do outro, em todas
as
enciclopédias.
(B)
Roquete
Pinto narra o encantado interesse com que
na
fazenda...
(C)
...
tão pitorescos são os aspectos e a linguagem que
neles...
(D)
Escrevia
sem sombra de ênfase nem pedantismo.
(E)
Em
dezembro de 1816 Saint-Hilaire partiu para
Minas...
_________________________________________________________
7.
Ao se reescrever livremente um segmento do texto, a
frase
cuja REDAÇÃO se manteve inteiramente clara e
correta
é:
(A)
Se Auguste Saint-Hilaire não foi tão famoso como
seu
irmão Geoffroy, o continuador de Lamarck, se
não
encontramos o seu nome, como o dele, em
todas
as enciclopédias, a recordação importante
para
nós, a que precisa de ser particularmente
estimada,
a recordação do irmão menos célebre.
(B)
Tendo em vista o desconforto de que ainda expe-
rimentamos
em nossos dias, conquanto hoje temos
as
estradas de ferro e o automóvel, podemos avaliar
o
quão difícil e cansativo devia ser viajar à Goiás em
1816.
(C)
Uma característica fundamental da obra de Saint-
Hilaire
tem haver com a exposição particularmente
clara
e simples, cuja profundidade do julgamento se
assemelha
à simples bom senso.
(D)
Não apenas devido a seus muitos trabalhos e
devotamento,
lúcida afeição e simpatia, mas
também
com o objetivo de distingui-lo do irmão,
muito
mais ilustre em todo o mundo, podemos nos
referir
a Auguste Saint-Hilaire como o “nosso” Saint-
Hilaire.
(E)
Seis anos de viagens pelo interior do país por meio
de
regiões frequentemente inóspitas, cujas estão
representadas
nessa obra iminente do sábio francês.
Atenção:
Considere o texto abaixo para responder às ques-
tões
de números 8 a 10.
Embora
o meu vocabulário seja voluntariamente pobre –
uma
espécie de Brasileiro Básico – a única leitura que jamais
me
cansa é a dos dicionários. Variados, sugestivos, atraentes,
não
são como os outros livros, que contam sempre a mesma
estopada*
do começo ao fim. Meu trato com eles é puramente
desinteressado,
um modo disperso de estar atento... E esse
meu
vício é, antes de tudo, inócuo para o leitor.
Na
minha adolescência, todo e qualquer escritor se
presumia
de estilista, e isso, na época, significava riqueza vo-
cabular...
Imagine-se o mal que deve ter causado a autores
novos
e inocentes o grande estilista Coelho Neto: grande in-
fanticida,
isto é o que ele foi.
Orgulhávamo-nos,
como das nossas riquezas naturais,
da
opulência verbal de Rui Barbosa. O seu fraco, ou o seu forte,
eram
os sinônimos. (...)
*aquilo
que é maçante, enfadonho, aborrecedor.
(Adaptado
de: QUINTANA, Mário. Dicionários.
Caderno
H.
7.
ed.
São
Paulo: Globo, 1998, p.176)
8.
Do texto, pode-se depreender a contraposição feita entre
(A)
o período da adolescência, em que não se sabe
ainda
dar o devido valor às palavras, e a maturidade,
em
que se adquire a capacidade de reconhecer um
grande
escritor justamente por conta das palavras
que
ele emprega.
(B)
a leitura desinteressada dos dicionários, que não
tem
reflexo imediato na produção escrita, e a pro-
cura
de palavras difíceis e raras para conferir ao
texto
um estilo pomposo e supostamente mais nobre.
(C)
um vício inocente, como a leitura de dicionários para
passar
o tempo, e vícios que podem ser transmitidos
dos
adultos para as crianças, levando-as ao uso de
substâncias
que causam dependência e podem
mesmo
levá-las à morte.
(D)
a leitura de livros que contam sempre a mesma
história
maçante e a leitura de livros que, devido ao
vocabulário
variado e sugestivo, podem ser ao
mesmo
tempo interessantes e tão importantes para
o
aprendizado como a leitura dos dicionários.
(E)
a influência prejudicial de Coelho Neto sobre os
novos
escritores, ainda que fosse considerado um
grande
estilista, e o grande exemplo de Rui Barbosa,
cuja
expressão era tão rica como a nossa natureza.
_________________________________________________________
9.
Atente para as seguintes afirmações sobre o emprego dos
sinais
de pontuação:
I
.
Em
não
são como os outros livros, que contam
sempre
a mesma estopada do começo ao fim,
a
retirada
da vírgula implicaria prejuízo ao sentido
original.
II
.
A substituição por parênteses dos travessões que
isolam
o segmento
uma
espécie de Brasileiro
Básico
implicaria
prejuízo para a correção da frase.
III
.
Em
e
isso, na época, significava riqueza vocabu-
lar...,
a
retirada da primeira vírgula acarretaria pre-
juízo
para a correção da frase.
Está
correto APENAS o que se afirma em
(A)
II
e
III
.
(B)
I
.
(C)
I
e
III
.
(D)
II
.
(E)
I
e
II
.
10.
As normas de concordância estão plenamente observadas na seguinte
frase:
(A)
Ao estilo verborrágico do típico escritor do começo do sé
culo
foi contraposto pelos modernistas novas maneiras de se
fazer
literatura, num estilo mais próximo da oralidade e do coloquial.
(B)
O aumento da frequência das consultas aos dicionários eletr
ônicos,
instalados em boa parte dos computadores, parecem
evidenciar
que não demorará muito para os dicionários em papel se tornarem
obsoletos.
(C)
A prosa de Mário Quintana, assim como muitos dos textos de sua obra
poética, são caracterizadas pela ironia e pela
aparente
simplicidade da linguagem e do pensamento.
(D)
Escritores rebuscados, como Coelho Neto, contemporâneo de Rui
Barbosa, teve inegável responsabilidade no grande
prestígio
que o discurso grandiloquente e pomposo adquiriu no Brasil no final
do século
XIX
e
início do
XX
.
(E)
Muitos escritores já confessaram ver no dicionário não um
manual
de consulta esporádica, mas um livro como quaisquer
outros
e que pode ser lido do começo ao fim.
…
… …
GABARITO
OFICIAL AMANHÃ AQUI E NO GRUPO DO FACE:
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