sábado, 17 de maio de 2014

SIMULADO PARA AUXILIAR DE PROMOTORIA DO MP SP: HISTÓRIA DO BRASIL - 8

Concurseiro, mais uma rodada:

ATENÇÃO: ao final, publicarei a íntegra de todas provas e gabaritos oficiais da Vunesp, utilizados para compor nossos simulados.

GABARITO DAS QUESTÕES ANTERIORES , de GEOGRAFIA:

1-B     2-C     3-D     4-E     5-C     6-B     7-D     8-B

E agora oito questões de  HISTÓRIA DO BRASIL:

1. Os livros escolares elaborados no início do século XX mostram como o patriotismo passou a ser objetivo organizativo central dos conteúdos escolares de História. Em seu famoso livro Por que me ufano de meu país, Afonso Celso sintetizou os conteúdos básicos da História da Pátria: a riqueza e a beleza da terra, das matas e rios, o clima, a gente mestiça risonha e pacífica, a história dos portugueses, representantes da civilização, e a cristianização, que possibilitou uma moral sem preconceitos.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt, Ensino de História: fundamentos e métodos.)
Entre as críticas que se pode fazer a esse projeto de ensino de História, está a ausência
(A) do negro e do índio.
(B) das lutas e conflitos.
(C) do espírito nacionalista.
(D) das tradições nacionais.
(E) dos valores religiosos.

2. O conceito de cidadania, criado com o auxílio dos estudos de História, serviria para situar cada indivíduo em seu lugar na sociedade: cabia ao político cuidar da política, e ao trabalhador comum restava o direito de votar e de trabalhar dentro da ordem institucional.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt, Ensino de História: undamentos e métodos.)
Para proceder às eleições, fixou-se o sistema do voto direto e universal, ou seja, suprimiu-se o censo econômico. Foram considerados eleitores todos os cidadãos brasileiros maiores de 21 anos, excluídas certas categorias, como os analfabetos, os mendigos, os praças militares. A Constituição não fez referência às mulheres, mas considerou-se implicitamente que elas estavam impedidas de votar.
(Bóris Fausto, História do Brasil)
Acerca do período referido nos dois trechos, é correto afirmar que
(A) uma das suas marcas foi o desenvolvimento da indústria de base.
(B) o principal meio utilizado para o transporte de mercadorias era o trem.
(C) o mais importante produto brasileiro de exportação era o açúcar.
(D) marcou o início da transição do trabalho escravo para o livre.
(E) não havia indústria na época, ainda caracterizada pela agricultura.

3. Quando se afirma que a escravidão era prática costumeira de povos africanos e, portanto, “os negros” escravizados no Brasil estavam já habituados a esse sistema de trabalho, há aí uma incorreção. O sentido da escravidão entre populações africanas tinha outro caráter e não fazia parte da lógica de acumulação capitalista, a qual induziu o tráfico negreiro europeu no périplo do comércio do Atlântico.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt, Ensino de História: fundamentos e métodos.)
No trabalho em sala de aula, para evitar a incorreção apontada no fragmento, faz-se necessário
(A) situar o contexto no qual a escravidão acontece, os conflitos que se estabelecem e os seus mecanismos de funcionamento.
(B) definir com precisão o conceito de escravidão, de forma que se possa utilizá-lo em todas as sociedades em que ele esteve presente.
(C) empregar o conceito de escravidão de forma atemporal, sem levar em conta as diferenças e o contexto de cada época.
(D) abolir do vocabulário histórico conceitos amplos como escravidão, que acabam sendo utilizados em contextos muito diversos.
(E) aproximar as práticas escravistas de diferentes épocas, para que o aluno perceba o idêntico uso do conceito.

4. A capoeira pode ser vista, da mesma forma que as irmandades religiosas e as reuniões em batuques, como um espaço construído por escravos libertos, africanos e crioulos, para encontros e afirmação de apoio e de solidariedade entre os membros de um mesmo grupo. Esses grupos distintos de capoeiras eram conhecidos por maltas. Eram verdadeiras organizações, marcadas por hierarquias, rituais e símbolos específicos. (...) E os assobios marcavam o movimento dos componentes do grupo, a hora para atacar e o momento de retirada, além de alertarem para o perigo quando da chegada de inimigos ou policiais.
(Regiane A. de Mattos. História e cultura afro-brasileira)
De acordo com a autora, dentre as diversas possibilidades de análise, a capoeira pode ser estudada nas aulas de História como sendo um exemplo de
(A) superioridade cultural da etnia dos haúça.
(B) uma cultura subdesenvolvida que sobreviveu aos dias atuais.
(C) reprodução das desigualdades sociais e culturais.
(D) legitimação da estrutura social racista.
(E) resistência e oposição ao sistema escravista.

5. Embora encontremos libertos em ações rebeldes da população negra, isso não era muito comum.
(Bóris Fausto, História do Brasil. Adaptado)
A ausência de um número significativo de libertos em ações rebeldes está ligada ao fato de que
(A) os libertos passavam a viver sob as mesmas condições que os grandes proprietários, reprimindo as rebeliões.
(B) havia poucos libertos em geral nessa sociedade escravista, o que não lhes fazia presentes em nenhum contexto.
(C) os libertos ficavam em uma posição intermediária entre livres e escravos, aproximando-se socialmente dos brancos pobres.
(D) as rebeliões em geral ocorriam nas cidades, enquanto os libertos continuavam a viver nas áreas rurais com seus antigos donos.
(E) caso fossem flagrados participando de rebeliões escravas, os libertos poderiam ser mandados para o exílio na África.

6. No século XVII, os artistas que acompanharam Maurício de Nassau ao Brasil (1637–1644) inauguraram uma representação mais exata do homem e da terra, que serviria de novo modelo visual, até fins do século XVIII, quando surgem os primeiros “pintores-viajantes”. Thekla Hartmann analisa minuciosamente as obras deixadas pelos pintores-viajantes, chegando à conclusão de que numerosos fatores interferem no seu valor documental e histórico. Verifica, por exemplo, que os desenhos nem sempre foram feitos a partir da observação direta, podendo ser fruto da descrição de terceiros ou mesmo da imaginação, registrando-se, inclusive, o uso de um único “manequim”, marcado e adornado de diferentes maneiras, de acordo com a origem tribal.
(Maria Sylvia Porto Alegre. Imagem e representação do índio no século XIX. In: L. Grupioni (org.). Índios no Brasil. Adaptado)
Considerando-se o fragmento, está correto afirmar que
(A) determinadas imagens não devem ser utilizadas como fonte ou documento histórico, em razão da falta de imparcialidade e fidedignidade na representação da realidade.
(B) as obras de arte, pelo fato de serem confeccionadas a partir das habilidades, visão de mundo e interesses do artista, não contribuem para a elaboração do conhecimento histórico.
(C) a análise de imagens pressupõe a necessidade de contextualizar a representação em relação à temporalidade retratada e às peculiaridades de produção do trabalho do autor.
(D) as principais tendências historiográficas da atualidade consideram que as obras de arte só podem ter valor como fonte se houver documentos escritos que comprovem sua veracidade.
(E) os pintores-viajantes fizeram trabalhos com grande valor artístico e estético, mas com pouco valor histórico e científico, segundo os paradigmas historiográficos atuais.

7. Leia os versos do poeta de cordel Chagas Baptista
(1882 – 1930).
Uns quatrocentos mil-réis
Com os pobres distribuí
Não serve isto para minh’alma
Porque esta eu já perdi,
Mas serve pros miseráveis
Que estavam nus e eu vesti
(...)
Tomei dinheiro dos ricos
E aos pobres entreguei
Protegi sempre a família
Moças pobres amparei;
O bem que fiz apagou
Os crimes que pratiquei
(Apud: Martha Abreu et al. Ensino de História)
Os fragmentos podem ser utilizados em uma aula de História para a discussão acerca
(A) de uma análise ufanista da Revolução de 1930.
(B) de uma visão popular simpática ao cangaço.
(C) do uso da canção popular para denunciar a corrupção política.
(D) da revolta da população contra o Padre Cícero.
(E) dos movimentos populares favoráveis a Canudos. 

Imagens Google
8. A partir de 1930, as medidas tendentes a criar um sistema educativo e promover a educação partiram principalmente do centro para a periferia. Em resumo, a educação entrou no compasso da visão geral centralizadora. Um marco inicial desse propósito foi a criação do Ministério da Educação e Saúde, em novembro de 1930.
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado)
Uma das marcas da política educacional de Getúlio Vargas nos anos 1930 foi o(a)
(A) inspiração fascista das iniciativas do governo.
(B) universalização da educação básica.
(C) distância em relação ao conservadorismo católico.
(D) implantação do ensino secundário no Brasil.
(E) alinhamento com os princípios expressos no Manifesto da Escola Nova.


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BONS ESTUDOS E ATÉ POST FINAL !

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Fonte das questões: www.vunesp.com.br

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